À DERIVA SP
2020
Ensaio visual produzido a convite da curadora Laura Belik, idealizadora da plataforma Desestrutura, espaço destinado a fomentar discussões sobre o que é o viver urbano hoje, em suas mais variadas escalas e perspectivas. A pesquisa se desenvolveu em etapas a partir de derivas sobre mapas da cidade de São Paulo. Tudo começou com um exercício de percepção cartográfica, um estudo de alinhamentos de ruas e orientações de manchas urbanas. Em seguida, os mapas foram recortados, desestruturados em unidades móveis. Foi então que as derivas reais tiveram início: expedições de bicicleta perscrutando a cidade, seus signos, entroncamentos e contornos. Nesse ponto do processo, uma grata solução gráfica despontou: sendo a cidade um repositório de formas, texturas e materiais, porque não transpor essa dinâmica plástica aos mapas desmembrados? Uma série de refugos de madeira encontrados em caçambas durante as derivas transformaram-se assim em matrizes de gravura. Estes objetos, com sua própria trajetória e constituição física, e agora ressignificados, tornaram-se capazes de revelar na impressão um pouco da tessitura urbana de veios, monolitos e veredas. A eles somaram-se carimbos e traçados em lápis de cor. Além das imagens, foi produzido um texto sobre o processo de trabalho, também registrado pelo fotógrafo Fernando Banzi. O trabalho segue em exposição na plataforma. São Paulo, 2020. 
concepção e execução
André Bonani
fotos
Fernando Banzi
dimensões
21,0 X 29,7 cm (cada)
materiais
mapas antigos de são paulo, papel vergê 120g,
tinta gráfica aqua wash charbonnel 289 RSR Black, carimbos, carvão e lápis de cor
fonte
acervo do artista
ano
2020

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